FRANCINNE É REFERÊNCIA BRASILEIRA NO K-POP

FRANCINNE É REFERÊNCIA BRASILEIRA NO K-POP

O pop sul-coreano, conhecido como K-pop, tem espalhado sua influência pelo mundo há alguns anos, conquistando fãs em diversas partes do planeta, inclusive no Ocidente. No Brasil, uma das referências do estilo é a cantora Francinne, cujas produções têm buscado a essência da cultura do país asiático. Recentemente, a artista gaúcha lançou Fading like a moon — uma versão em coreano foi lançada no final de outubro, além de um clipe gravado em Seul.

O single, composto e produzido por Jay Lee & Oh Seung Eun, fala sobre o autoconhecimento e o reencontro com o amor próprio, que a cantora fez questão de resgatar nesta nova fase. Ela chegou a participar da gravação de um programa de televisão em uma das maiores emissoras da Coreia do Sul, a MBC, com o objetivo de apresentar o novo trabalho. Ela é a primeira brasileira sem ascendência asiática no K-pop.

Fading like a moon não foi o primeiro projeto de Francinne envolvendo o K-pop. O talento da artista vem chamando a atenção de artistas da Coreia do Sul há um tempo, e acabou recebendo convite para um feat com SPAX, ex-integrante do grupo BLANC7, na canção Te quiero mas, um dueto em português e coreano, divulgado em maio de 2021. Sobre a recepção do público da Coreia, a cantora garante que tem sido a melhor possível.

“Os coreanos ficam muito surpresos quando me ouvem cantar e com a minha pronúncia. Eles percebem o quanto sou dedicada, esforçada, eles sentem o quanto amo o país deles. Inclusive, eu ganhei um hanbok (vestimenta tradicional) com as cores do Brasil quando eu estava lá, fiquei superfeliz e emocionada”, conta ao Correio. “Quando pisei na Coreia, me senti em casa. Não sei se é porque meus empresários são coreanos, ou porque assisto muito K-drama, mas estava acostumada com o idioma, eu me senti acolhida.”

Francinne iniciou a carreira profissional na música interpretando os sucessos da diva pop Britney Spears. Em 2010, após se mudar para São Paulo, em busca de reconhecimento, ganhou fama ao receber o título de cover oficial da cantora americana, fazendo apresentações por todo o país. Em 2018, veio o contrato com a Universal Music, pela qual lançou o La rubia, seu primeiro álbum, com influência da música latina. Entre as parcerias, já gravou Tum tum, com Wanessa Camargo; Cinderelas, com Rebecca; e Aceleradinha, ao lado de MC Zaac.

Ano passado, decidiu seguir carreira de maneira independente e lançou o Takedown, assinado pelo trio carioca Hitmaker, que também compuseram duas, das três faixas. O EP é composto por músicas que trazem discursos de empoderamento feminino, após uma experiência conturbada com um relacionamento.

Brasil-Coreia

Mudar-se de vez para a Coreia do Sul é uma possibilidade considerada por Francinne. “É um lugar bem seguro, com costumes muito interessantes que eu gosto muito. Pretendo sempre mostrar um pouquinho disso nas minhas redes sociais para os brasileiros se encantarem cada vez mais pelo país.”

O objetivo da cantora é trazer com mais força a cultura do K-pop para o Brasil, atingindo tanto o público nacional, em maior medida, quanto o coreano. “Eu e os meus empresários já temos outras músicas gravadas em coreano, e a gente está montando um show nos moldes do estilo que K-pop para apresentar aqui no Brasil e também fora. Ano que vem, a gente já tem em vista voltar para Coreia para gravar um novo álbum.”